
Mislene Viana y sus alumnas en una imagen reciente, tomada en otoño de 2014. Ella es una de las protagonistas de ‘Amarás América’. La conocí en el verano de 2006 en un taller de Reporterismo en Caeiras (Volta Redonda, Río de Janeiro), cuando con Teresa Luengo realicé una estancia de voluntariado en la ONG IDEAIS. Ha desarrollado una admirable carrera como artista multidisciplinar, y para mí es un orgullo seguir siendo su amigo.
Eis que chega de longe como as estrelas, Manuel Madrid como um jovem pássaro, olhar poético e ainda sussurrando versos em português. Em meio aos jovens durante o tratamento de dependência química no projeto Gaia, eis que os arautos das descrenças começaram em encapuzar–lhe em negros mantos, começaram a emergir olhares que queriam afago e um pouco de ar. Desnudai–me aversos! Observando os jovens ao caos dos efeitos químicos que alimentam a sombra, mas nada deteve esse jornalista espanhol; ele avança rigoroso, saltitante em busca do caminho da gênese desse povo feliz, que se reúne na cozinha para um café. Pausa para “olhar no olhar” e ele ganhou rapidamente os logradouros do Rio de Janeiro.

Ejemplar de ‘Amarás América’ en la librería Educania (calle Sociedad de Murcia, junto a la plaza San Bartolomé y la Cámara Oficial de Comercio)
Em ‘Amarás América’ ele deixa avivar a mulher brasileira retratada por Vinicius de Moraes: “Minha mãe alisa minha fronte, todas as cicatrizes do passado, minha irmã conte me histórias de infância em que eu aja sido herói sem mácula…”. Dessa vez Manuel Madrid tece fios de memórias da alma aprecia as histórias no projeto ‘Espaço de Leitura’, trabalhos de mãos femininas que dão um norte aos pequenos meninos em um espaço improvisado mas cheio de jogos pedagógicos e sonhos por entre as frestas das janelas. A cada linha o jornalista não é herói de contos de fadas, ele é agora «São Francisco de pé no chão… dizendo ao vento ‘Bom dia, amigo’, dizendo ao fogo ‘Saúde irmão’… Ele alisa a fronte de quem lê. Lá vai São Francisco pelo caminho contando histórias para os passarinhos”. Poderia relatar em seus contos de verão uma mulher brasileira, de seios fartos e samba no pé a chacoalhar seus balangandãs.
Em ‘Amarás América’ é possível ver a face primaveril de 7 mulheres brasileiras que exportam informação para o mundo, mulheres que vivenciaram o serviço voluntariado e seguem caminhando entre a ira e o sonho, alinhadas sobre a mesa, as pontas, prestes a poesia. “Uma mulher tem que ter qualquer coisa além da beleza, qualquer coisa de triste, qualquer coisa que chora, qualquer coisa que sente saudade, um molejo de amor machucado, uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher…” (Vinicius de Moraes).
Entre Ana e Jorge ele termina o capitulo ‘La curva de los pirilampos’ dedicado ao Brasil. Um suspirar para os pequenos milagres da vida. Ao lado da jornalista Teresa Luengo, vem as imagens das crenças e cicatrizes desse povo, um pousar na rede titilando sonhos de viagens… e o seu corpo abre–se em pétalas… desnudai–me aversos! Lavai–me chuvas! De longe como as estrelas o menino Manuel Madrid.
Mislene Viana Artista multidisciplinar